13/03/2012
Um ano do Falecimento do meu pai...
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Foto: matematicadeaula - blog do Ronaldo |
Por Marcos Bizerra de Souza
Nascido em Grossos/RN no dia 24 de fevereiro de 1946, filho de Manoel
Bezerra de Souza e Raimunda Amância de Souza, MARIO BEZERRA DE SOUZA, casado com Maria Francinete Leonêz de Souza, pai de cinco filhos, residiu nos últimos anos de sua vida no sítio Betel, no bairro
coqueiros.
Ocupava-se em criar animais e plantar, sendo o responsável e administrador do sítio. Companheiro presente na vida se sua esposa, auxiliando-a nas tarefas do dia-a-dia, exercendo atividades como motorista, comprador, ajudando na educação dos netos.
Foi por muito tempo salineiro, operário braçal, trabalhando como encarregado de lavador de sal na Coopermig, como
conferente e tirador de sal nas salinas Ramadinha, Caenga, Córrego, etc.
Lembro-me que, muitas vezes, acompanhamos papai nas salinas do córrego, e, para nós era uma aventura. Com o sal escaldante, tomávamos toda água que dispunha e papai tinha que nos defender das reclamações dos outros trabalhadores.
Hoje, um ano do seu falecimento, de forma tardia nos prestamos a oferecer uma singela homenagem àquele que, apesar dos muitos defeitos, de forma discreta, foi muitíssimo importante em nossas vidas.
Aqui, a evolução no tempo. Fotografias que demonstram as mudanças na fisionomia sempre bela do galã Mário Bezerra. Não é de se admirar que a irmã Francinete tenha se apaixonado por ele.
Mário Bezerra aceitou a Jesus como Senhor e Salvador no ano de 1986, sendo batizado nas águas e membro participativo da Assembleia de Deus. Nessa época, morávamos vizinho a igreja.
Tendo que desde cedo trabalhar não teve a oportunidade de estudar, mas, sempre apoiou minha mãe para que chegasse inclusive a concluir a faculdade de pedagogia. Sempre recebeu muitas críticas dos colegas que proibiam suas esposas de estudar em Mossoró. Pelo contrário, aguentava os cinco filhos à noite, e muitas vezes sequer o deixávamos dormir, tendo que acordar de madrugada para ir trabalhar nas salinas.
Jamais soubemos de qualquer traição conjugal. Papai sempre foi fiel aos votos matrimoniais. Dos defeitos que tinha esse jamais soubemos de nenhum deslize. Ao seu modo amou minha mãe até o fim da vida, servindo de exemplo para nós filhos.
Missão Evangélica.
Foi dirigente do Culto Matutino, porteiro, dirigente do ponto de pregação da Nova Vida, era quem contávamos como principal cooperador para transportar cadeiras, equipamento de som, realizar pequenos consertos, etc. Vale salientar que, mesmo quando estava desviado, fazia todas essas tarefas com esmero.
Nunca almejou riqueza, fama, posição. Esse era o seu “palácio”, a sua realização. Gostava de construir a sua
maneira, meio torto, sem estética, mas, construções que não caiam. Tinha prazer em criar animais, plantar, aguar, vender o produto do seu trabalho. Não se afastava do sítio, acordava ainda de madrugada para fazer suas tarefas. Ir para a praia de Pernambuquinho só se fosse em seu buque, pois, cedo estava voltando para cuidar dos seus animais.
Essa é a maior herança deixada por meu pai:
Tudo que temos, tudo que somos:
No dia 13 de março de 2011, cinco dias antes de eu completar 41 anos de idade, por volta das 20 horas, no hospital Tarcísio Maia em Mossoró, eu e meus irmão choramos a morte de nosso pai. Até então, acreditávamos que seria mais um susto como fora os outros momentos em que tivemos de interná-lo. Porém, não foi assim. Parecíamos crianças desoladas quando constatamos sua partida, mas algo maior nos confortava: ELE TINHA PARTIDO EM PAZ, COM DEUS.
De uma coisa temos a plena convicção: Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor (e com o nosso pai). Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras. (1 Tessalonicenses 4:13-18).